Arquivo mensal: janeiro 2009

A CRISE E O MODELO

Barack Obama tem manifestado duas preocupações entre as prioridades de sua administração: crise econômica e crise ambiental. Duas questões que não podem ser encaradas separadamente.

Não é possível encarar nenhuma delas sem enfrentar a crise que está subjacente a ambas: a do modelo de desenvolvimento global.

Obama assume cercado de expectativas incontáveis, relacionadas a problemas que vão da guerra na Faixa de Gaza e no Iraque à pobreza na África. É evidente que não dará conta de tudo, possivelmente nem da maior parte das demandas. No entanto, caso comece, pelo menos, a construir um novo pacto sobre o modelo que move a economia mundial, sua administração já terá sido um enorme sucesso.

Por Érico Firmo do “O Povo”

A CRISE E O MODELO

Barack Obama tem manifestado duas preocupações entre as prioridades de sua administração: crise econômica e crise ambiental. Duas questões que não podem ser encaradas separadamente.

Não é possível encarar nenhuma delas sem enfrentar a crise que está subjacente a ambas: a do modelo de desenvolvimento global.

Obama assume cercado de expectativas incontáveis, relacionadas a problemas que vão da guerra na Faixa de Gaza e no Iraque à pobreza na África. É evidente que não dará conta de tudo, possivelmente nem da maior parte das demandas. No entanto, caso comece, pelo menos, a construir um novo pacto sobre o modelo que move a economia mundial, sua administração já terá sido um enorme sucesso.

Por Érico Firmo do “O Povo”

E a gastança?

Já é hora de o governo e de todos os brasileiros tomarem juízo, conscientizando-se de que a crise econômico-financeira mundial também atinge fortemente o Brasil.

Não é apenas a marola do nosso otimista presidente, mas um verdadeiro furacão. Parece que ninguém quer ver que a coisa está ruim.

Mais de 650 mil brasileiros perderam os empregos só em dezembro. As demissões em massa começaram nos setores que mais absorvem mão-de-obra, como a construção civil, a indústria automobilística e a agricultura. Os investimentos estrangeiros pararam e cada vez é maior o volume dos dólares retirados do País. Grandes grupos desistiram de projetos importantes como a construção de refinarias e siderúrgicas. As nossas exportações caem de volume com a retração dos compradores estrangeiros.

Só os bancos continuam ganhando rios de dinheiro, cobrando os juros mais altos do mundo e taxas astronômicas. No meio de tudo isso, o governo parece navegar num mar de tranquilidade.

Sempre com a mesma conversa de que o Brasil é o País melhor preparado no mundo para enfrentar a crise porque tem 200 bilhões de dólares em reservas. Uma besteira, se levarmos em conta que apenas uns bancos americanos perderam mais de cinco vezes isso.

O presidente Lula e seus conselheiros precisam acordar para a realidade, tirar os óculos de lentes róseas para verem a crise em suas cores reais. E a primeira medida, que já tem meses de atraso, seria um basta na gastança pública. Nunca na história deste País se esbanjou tanto o dinheiro resultante da maior carga tributária do mundo como agora. Chega de assistencialismo eleitoreiro e de bancar o Papai Noel distribuindo o nosso dinheiro com presentes a governos estrangeiros.

E bem poderia começar contendo a hemorragia pecuniária que irriga milhares de Organizações Não Governamentais, especialmente aquelas que se lambuzam com o nosso dinheiro fomentando a divisão dos brasileiros e institucionalizando o racismo, os preconceitos e a roubalheira.

Por Rangel Cavalcante (DN)

E a gastança?

Já é hora de o governo e de todos os brasileiros tomarem juízo, conscientizando-se de que a crise econômico-financeira mundial também atinge fortemente o Brasil.

Não é apenas a marola do nosso otimista presidente, mas um verdadeiro furacão. Parece que ninguém quer ver que a coisa está ruim.

Mais de 650 mil brasileiros perderam os empregos só em dezembro. As demissões em massa começaram nos setores que mais absorvem mão-de-obra, como a construção civil, a indústria automobilística e a agricultura. Os investimentos estrangeiros pararam e cada vez é maior o volume dos dólares retirados do País. Grandes grupos desistiram de projetos importantes como a construção de refinarias e siderúrgicas. As nossas exportações caem de volume com a retração dos compradores estrangeiros.

Só os bancos continuam ganhando rios de dinheiro, cobrando os juros mais altos do mundo e taxas astronômicas. No meio de tudo isso, o governo parece navegar num mar de tranquilidade.

Sempre com a mesma conversa de que o Brasil é o País melhor preparado no mundo para enfrentar a crise porque tem 200 bilhões de dólares em reservas. Uma besteira, se levarmos em conta que apenas uns bancos americanos perderam mais de cinco vezes isso.

O presidente Lula e seus conselheiros precisam acordar para a realidade, tirar os óculos de lentes róseas para verem a crise em suas cores reais. E a primeira medida, que já tem meses de atraso, seria um basta na gastança pública. Nunca na história deste País se esbanjou tanto o dinheiro resultante da maior carga tributária do mundo como agora. Chega de assistencialismo eleitoreiro e de bancar o Papai Noel distribuindo o nosso dinheiro com presentes a governos estrangeiros.

E bem poderia começar contendo a hemorragia pecuniária que irriga milhares de Organizações Não Governamentais, especialmente aquelas que se lambuzam com o nosso dinheiro fomentando a divisão dos brasileiros e institucionalizando o racismo, os preconceitos e a roubalheira.

Por Rangel Cavalcante (DN)

Juraci Magalhães não resiste ao câncer

Ex-prefeito de Fortaleza vinha enfrentando a doença desde 1997, início de seu segundo mandato.
(na foto com Tasso Gereissati)
O médico Juraci Vieira Magalhães (77) faleceu ontem, às 10 horas da manhã, devido a disfunções múltiplas de orgãos, segundo o boletim médico divulgado pela direção do Hospital São Mateus, onde o ex-prefeito de Fortaleza estava internado desde a última quinta-feira. Há 11 anos, Juraci lutava contra um câncer de pulmão. Na semana que se internou, após exames, foi descoberto que a doença já havia atingido também o fígado.

Trajetória

Na história de Fortaleza, Juraci Magalhães foi o administrador que ficou mais tempo (1990-1992 e 1997-2004) no comando do município cearense nos últimos 100 anos. Em primeiro lugar está o coronel Guilherme César Rocha que ficou 20 anos no comando da cidade nos anos de 1892 à 1912 na 1ª República.

Juraci Vieira de Magalhães nasceu em 20 de setembro de 1931, em Senador Pompeu, região do Sertão Central cearense. Saiu da cidade natal por divergências políticas do pai, Antônio Ferreira de Magalhães, para morar em União, hoje Jaguaruana. Em 1949, mudou-se para Recife, onde se formou em medicina (dermatologia).

Juraci, depois de ter regressado, passou no concurso para médico do Instituto da Aposentadoria e Pensão dos Comerciários (IAPC). Casou-se com Zenaide Magalhães com quem teve dois filhos: Magalhães Neto e Nádia Benevides, esposa do ex-deputado Sérgio Benevides, que viria a protagonizar, em 1997, o maior escândalo de corrupção na administração de Juraci: o caso de desvio da merenda escolar, motivo pelo qual Sérgio acabou tendo o mandato de deputado estadual cassado. Em 1988, foi superintendente do extinto Instituto Nacional da Previdência Social (INPS), indicado por Mauro Benevides, na época senador, e um dos primeiros aliados políticos do ex-prefeito.Ele foi introduzido na política por intermédio do próprio Mauro. Os dois eram amigos e vizinhos no bairro de Fátima.

Em 1974, Juraci Magalhães coordenou, em Fortaleza, a campanha vitoriosa de Mauro Benevides ao Senado. Depois, por indicação de Benevides, que presidia o diretório estadual do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), chegou à presidência da legenda na Capital.

Em 07 de janeiro de 2005 se desfiliou do PMDB, partido ao qual era filiado há 39 anos. Na saída, Juraci, bem ao seu estilo de declarações fortes, afirmou que não conseguia “assimilar um partido dirigido por quem não tem voto” quando teve divergências com Eunício Oliveira, presidente regional da sigla, e demonstrava insatisfação com a intervenção da direção estadual no comando municipal da sigla, sob seu controle até aquele momento.

Desempenho eleitoral

Juraci ficou à frente da administração de Fortaleza por 10 anos e 09 meses, ao todo. Durante anos, esteve somente na burocracia do partido quando, em 1988, foi candidato a vice-prefeito de Fortaleza, na chapa vitoriosa, encabeçada por Ciro Gomes, assumindo o poder, os dois, em 1989. Sua indicação foi feita pelo então senador Mauro Benevides, presidente regional do PMDB. Antes, em 1986, havia sido coordenador da primeira campanha para governador de Tasso Jereissati, quando este era do partido. Eleito vice-prefeito, passou um ano e três meses no cargo, quando assumiu a capital do Ceará, em definitivo, em 02 de abril de 1990, após Ciro renunciar ao mandato para a disputa do Governo do Estado. Poucos meses depois, estes romperam porque Juraci não acompanhou Ciro na decisão de deixar o PMDB para fundar o PSDB.Nesse período, realizou várias construções, quando em 12 de agosto de 1991, chega a marca histórica de mil obras, sendo a milésima o prolongamento da avenida Desembargador Moreira.

Com bastante popularidade, adquirida durante o primeiro mandato, Juraci conseguiu eleger, na eleição seguinte, em 1992 , em 1º turno, o seu secretário de Finanças, Antônio Cambraia.Nessa época, voltou a clinicar como dermatologista e chegou a anunciar o fim da sua carreira política. Porém, em 1994, já retornara para disputar o Governo do Estado tendo como adversário, seu ex-aliado, Tasso Jereissati. Ele perdeu a peleja para o tucano, que se elegeu com 55% dos votos, contra 37%, melhor desempenho eleitoral do peemedebista fora da capital cearense. Dois anos depois, foi eleito prefeito da Capital com 63% dos votos no 1º turno, na época, o maior índice registrado nas capitais brasileiras. Seu vice era Marlon Cambraia. No ano em que reassumiu a Prefeitura, foi descoberto um tumor no pulmão esquerdo do ex-prefeito. Mais precisamente em 12 de janeiro de 1997 anunciou o diagnóstico de câncer.

Decadência

Também foi nesse período que denúncias de corrupção começaram a aparecer, como o famoso escândalo da merenda escolar, envolvendo o nome do deputado estadual Sérgio Benevides (PMDB), seu genro.Três anos depois, foi reeleito, em 2000, com 53,9% dos votos no 2º turno em uma disputa com Inácio Arruda (PCdoB). Juraci permaneceu na Prefeitura até 2004 quando entregou o cargo para Luizianne Lins, em quem havia votado no 2º turno daquela eleição, afirmando ver na petista “a melhor opção”. Luizianne concorreu com Moroni Torgan (DEM), que, na época, era do PFL.

Marcaram a administração de Juraci tanto a popularidade quanto os altos índices de rejeição apontados no seu terceiro mandato, no qual foi marcado escândalos e desgastes políticos. Em 1993 quando entregou o cargo a Cambraia, teve 87% de aprovação. Já nas eleições de 2004 obteve 55% de desaprovação. É tanto que seu candidato, na época, Aloísio Carvalho, ficou em quinto lugar na disputa. O fundo do poço na política para ele, foi quando se candidatou a deputado federal, em 2006, pelo Partido Liberal (PL), obtendo apenas 31 mil votos, ficando somente na 2ª suplência. Nem nesses momentos, Juraci Magalhães perdeu o bom humor. Na época, questionado por jornalistas sobre o motivo da derrota, enfatizou: “faltou voto, meu filho”.

Nossa pequena homenagem ao homem que, ao meu ver, foi o melhor prefeito que Fortaleza já teve, não obstante os casos de corrupção de seu último governo.

Juraci Magalhães não resiste ao câncer

Ex-prefeito de Fortaleza vinha enfrentando a doença desde 1997, início de seu segundo mandato.
(na foto com Tasso Gereissati)
O médico Juraci Vieira Magalhães (77) faleceu ontem, às 10 horas da manhã, devido a disfunções múltiplas de orgãos, segundo o boletim médico divulgado pela direção do Hospital São Mateus, onde o ex-prefeito de Fortaleza estava internado desde a última quinta-feira. Há 11 anos, Juraci lutava contra um câncer de pulmão. Na semana que se internou, após exames, foi descoberto que a doença já havia atingido também o fígado.

Trajetória

Na história de Fortaleza, Juraci Magalhães foi o administrador que ficou mais tempo (1990-1992 e 1997-2004) no comando do município cearense nos últimos 100 anos. Em primeiro lugar está o coronel Guilherme César Rocha que ficou 20 anos no comando da cidade nos anos de 1892 à 1912 na 1ª República.

Juraci Vieira de Magalhães nasceu em 20 de setembro de 1931, em Senador Pompeu, região do Sertão Central cearense. Saiu da cidade natal por divergências políticas do pai, Antônio Ferreira de Magalhães, para morar em União, hoje Jaguaruana. Em 1949, mudou-se para Recife, onde se formou em medicina (dermatologia).

Juraci, depois de ter regressado, passou no concurso para médico do Instituto da Aposentadoria e Pensão dos Comerciários (IAPC). Casou-se com Zenaide Magalhães com quem teve dois filhos: Magalhães Neto e Nádia Benevides, esposa do ex-deputado Sérgio Benevides, que viria a protagonizar, em 1997, o maior escândalo de corrupção na administração de Juraci: o caso de desvio da merenda escolar, motivo pelo qual Sérgio acabou tendo o mandato de deputado estadual cassado. Em 1988, foi superintendente do extinto Instituto Nacional da Previdência Social (INPS), indicado por Mauro Benevides, na época senador, e um dos primeiros aliados políticos do ex-prefeito.Ele foi introduzido na política por intermédio do próprio Mauro. Os dois eram amigos e vizinhos no bairro de Fátima.

Em 1974, Juraci Magalhães coordenou, em Fortaleza, a campanha vitoriosa de Mauro Benevides ao Senado. Depois, por indicação de Benevides, que presidia o diretório estadual do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), chegou à presidência da legenda na Capital.

Em 07 de janeiro de 2005 se desfiliou do PMDB, partido ao qual era filiado há 39 anos. Na saída, Juraci, bem ao seu estilo de declarações fortes, afirmou que não conseguia “assimilar um partido dirigido por quem não tem voto” quando teve divergências com Eunício Oliveira, presidente regional da sigla, e demonstrava insatisfação com a intervenção da direção estadual no comando municipal da sigla, sob seu controle até aquele momento.

Desempenho eleitoral

Juraci ficou à frente da administração de Fortaleza por 10 anos e 09 meses, ao todo. Durante anos, esteve somente na burocracia do partido quando, em 1988, foi candidato a vice-prefeito de Fortaleza, na chapa vitoriosa, encabeçada por Ciro Gomes, assumindo o poder, os dois, em 1989. Sua indicação foi feita pelo então senador Mauro Benevides, presidente regional do PMDB. Antes, em 1986, havia sido coordenador da primeira campanha para governador de Tasso Jereissati, quando este era do partido. Eleito vice-prefeito, passou um ano e três meses no cargo, quando assumiu a capital do Ceará, em definitivo, em 02 de abril de 1990, após Ciro renunciar ao mandato para a disputa do Governo do Estado. Poucos meses depois, estes romperam porque Juraci não acompanhou Ciro na decisão de deixar o PMDB para fundar o PSDB.Nesse período, realizou várias construções, quando em 12 de agosto de 1991, chega a marca histórica de mil obras, sendo a milésima o prolongamento da avenida Desembargador Moreira.

Com bastante popularidade, adquirida durante o primeiro mandato, Juraci conseguiu eleger, na eleição seguinte, em 1992 , em 1º turno, o seu secretário de Finanças, Antônio Cambraia.Nessa época, voltou a clinicar como dermatologista e chegou a anunciar o fim da sua carreira política. Porém, em 1994, já retornara para disputar o Governo do Estado tendo como adversário, seu ex-aliado, Tasso Jereissati. Ele perdeu a peleja para o tucano, que se elegeu com 55% dos votos, contra 37%, melhor desempenho eleitoral do peemedebista fora da capital cearense. Dois anos depois, foi eleito prefeito da Capital com 63% dos votos no 1º turno, na época, o maior índice registrado nas capitais brasileiras. Seu vice era Marlon Cambraia. No ano em que reassumiu a Prefeitura, foi descoberto um tumor no pulmão esquerdo do ex-prefeito. Mais precisamente em 12 de janeiro de 1997 anunciou o diagnóstico de câncer.

Decadência

Também foi nesse período que denúncias de corrupção começaram a aparecer, como o famoso escândalo da merenda escolar, envolvendo o nome do deputado estadual Sérgio Benevides (PMDB), seu genro.Três anos depois, foi reeleito, em 2000, com 53,9% dos votos no 2º turno em uma disputa com Inácio Arruda (PCdoB). Juraci permaneceu na Prefeitura até 2004 quando entregou o cargo para Luizianne Lins, em quem havia votado no 2º turno daquela eleição, afirmando ver na petista “a melhor opção”. Luizianne concorreu com Moroni Torgan (DEM), que, na época, era do PFL.

Marcaram a administração de Juraci tanto a popularidade quanto os altos índices de rejeição apontados no seu terceiro mandato, no qual foi marcado escândalos e desgastes políticos. Em 1993 quando entregou o cargo a Cambraia, teve 87% de aprovação. Já nas eleições de 2004 obteve 55% de desaprovação. É tanto que seu candidato, na época, Aloísio Carvalho, ficou em quinto lugar na disputa. O fundo do poço na política para ele, foi quando se candidatou a deputado federal, em 2006, pelo Partido Liberal (PL), obtendo apenas 31 mil votos, ficando somente na 2ª suplência. Nem nesses momentos, Juraci Magalhães perdeu o bom humor. Na época, questionado por jornalistas sobre o motivo da derrota, enfatizou: “faltou voto, meu filho”.

Nossa pequena homenagem ao homem que, ao meu ver, foi o melhor prefeito que Fortaleza já teve, não obstante os casos de corrupção de seu último governo.

Marcão quer experiência de 6 meses

O prefeito de Ibiapina, Antonio Marcos da Silva Lima, o Marcão, disse em reunião com a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ibiapina – SINDSEMIB, que fez um contrato de 6(seis) meses com seu secretariado. “Nomeei meus secretarios municipais por seis meses, se não der certo a gente muda”.
Marcão sinaliza, com essa atitude, que quer acertar e não está muito interessado em fisiologismos.

Quando perguntado, quanto a eleição para diretores das escolas municipais, disse que ainda esse ano sairá o edital para a escolha democrática dos dirigentes escolares. “Assim como os meus secretários os senhores e senhoras serão nomeados para 6 meses de trabalho na escola. Essa é uma exigencia da Lei Orgânica e pretendo cumpri-la.”Disse noutra reunião, desta feita com diretores e coordenadores das escolas municipais, que demonstraram um certo desconforto com a noticia.

O Prefeito parece que veio mesmo para mudar os rumos do municipio.
Denunciou também a forma como encontrou os dois veiculos “celtas” deixados pelo ex-prefeito: “Os dois celtas estão com os motores totalmente carbonizados, os pneus, inclusive o de reserva, totalmente gastos, no arame, coisa que não justifica porque os carros tem apenas alguns meses de uso. Me dêem apenas alguns meses para que eu possa consertar tudo isso e aí podem me cobrar”, finalizou o Prefeito.

Marcão quer experiência de 6 meses

O prefeito de Ibiapina, Antonio Marcos da Silva Lima, o Marcão, disse em reunião com a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ibiapina – SINDSEMIB, que fez um contrato de 6(seis) meses com seu secretariado. “Nomeei meus secretarios municipais por seis meses, se não der certo a gente muda”.
Marcão sinaliza, com essa atitude, que quer acertar e não está muito interessado em fisiologismos.

Quando perguntado, quanto a eleição para diretores das escolas municipais, disse que ainda esse ano sairá o edital para a escolha democrática dos dirigentes escolares. “Assim como os meus secretários os senhores e senhoras serão nomeados para 6 meses de trabalho na escola. Essa é uma exigencia da Lei Orgânica e pretendo cumpri-la.”Disse noutra reunião, desta feita com diretores e coordenadores das escolas municipais, que demonstraram um certo desconforto com a noticia.

O Prefeito parece que veio mesmo para mudar os rumos do municipio.
Denunciou também a forma como encontrou os dois veiculos “celtas” deixados pelo ex-prefeito: “Os dois celtas estão com os motores totalmente carbonizados, os pneus, inclusive o de reserva, totalmente gastos, no arame, coisa que não justifica porque os carros tem apenas alguns meses de uso. Me dêem apenas alguns meses para que eu possa consertar tudo isso e aí podem me cobrar”, finalizou o Prefeito.

Posse dos prefeitos – o exemplo da dona-de-casa

No discurso de posse dos prefeitos, de Norte a Sul do país, as expressões mais ouvidas foram: “ajuste de caixa”, “auditoria”, “redução de cargos”, “enxugamento da máquina”.

Bom sinal. A ficha caiu para prefeitos veteranos e novatos.
Ajuste é a palavra de ordem. Porque o mundo mudou.
A crise está aí. Os tempos de bonança eram uns, agora os tempos são, no mínimo, de cautela e moderação.

Portanto, é fundamental rever contratos. Negociar descontos.
Enxugar gastos inúteis. Profissionalizar a gestão. Pensar com mais racionalidade o uso dos recursos públicos, porque certamente a arrecadação vai diminuir um pouco.

Os recursos de que os prefeitos podem lançar mão são, principalmente, aqueles oriundos do IPTU, do ISS e do Fundo de Participação dos Municípios.

Os dois últimos devem cair, porque serviços são o primeiro setor da economia afetado por uma crise. E o FPM, que se origina de recursos federais arrecadados nos municípios, também terá uma queda, tendo em vista a já detectada queda de arrecadação federal.

Muitos municípios, por esse Brasil afora, vivem exclusivamente do FPM, da aposentadoria rural e do Bolsa-Família. São incapazes de gerar renda própria.
Por isso, todo cuidado é pouco.

Além de menos recursos, o prefeito pode contar com uma população mais atenta, mais preocupada com a destinação do dinheiro do seu imposto.

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou uma lei, proposta pelo movimento “Nossa São Paulo”, que obriga o prefeito a fixar metas semestrais de desempenho – e a prestar contas dessas metas.
No Rio, o prefeito Eduardo Paes se comprometeu com o movimento “Rio Como Vamos”, a enviar à Câmara projeto semelhante – e a se comportar desde o primeiro dia como se a lei já tivesse sido aprovada.
Seria muito bom se esta lei se disseminasse por todos os municípios do país.
Metas claras, realizáveis. E, mais importante que tudo, cobráveis pela população.

Os tempos são outros. É hora de apertar o cinto. Se sobrar dinheiro lá adiante, tanto melhor. O prefeito poderá fazer mais obras no final de seu mandato, o que poderá garantir bons dividendos político-eleitorais.

Nunca antes na história deste país uma metáfora do presidente Lula foi tão apropriada. Ele sempre disse, nos vários palanques que frequenta, que os dirigentes da economia do Brasil devem se comportar como uma dona-de-casa, sempre de olho no orçamento doméstico.
Pois é o que se recomenda aos novos (e renovados) prefeitos: agir como dona-de-casa. Jamais gastar além do orçamento doméstico, evitar o desperdício, cobrar participação de todos os membros da família e punir com severidade aqueles que se comportarem mal.

Em suma, cuidar de sua cidade, porque é aí que se inicia todo o processo democrático. O dr. Ulysses sempre dizia: “Nós moramos no município, não moramos nem no estado nem na União.”
E é no município que se tem uma visão mais clara de como funciona a política, de como é gasto o nosso dinheiro.
E finalmente: nada de aumentar o desperdício do dinheiro público com um desnecessário, oneroso e antiético aumento no número de vereadores.