Arquivo mensal: agosto 2011

Câmara de Ibiapina em ebulição

Com a proximidade de 2012,e com o lançamento da candidatura por parte do Prefeito Marcão, o clima político em Ibiapina está em ebulição. Quem acompanha as sessões da Câmara Municipal, seja através da rádio Compasso, seja ao vivo do plenário, tem visto o empenho descomunal de vereadores da oposição em cumprir o seu papel, ou seja, de fazer oposição. Até aí tudo bem. Acontece é que, nunca na história da CMI,se viu tamanha sanha no intento. O que nos torna desconfiados é quanto a intenção. Sem querer aqui tergiversar, nos parece mais uma forma de desmoralizar a adminitração municipal visando exatamento 2012 e aniquilar de vez com as chances de Marcão. Se obterão sucesso ou não é uma outra história. Sem querer entrar no mérito de cada denúncia, se ela procede ou é falaciosa o fato é que esperamos ter-se inaugurado um novo tempo e que esse “espírito” que baixou nos vereadores, venha perdurar e permaneça por muito tempo, em detrimento “do quanto pior melhor” que perdura até hoje.

Câmara de Ibiapina em ebulição

Com a proximidade de 2012,e com o lançamento da candidatura por parte do Prefeito Marcão, o clima político em Ibiapina está em ebulição. Quem acompanha as sessões da Câmara Municipal, seja através da rádio Compasso, seja ao vivo do plenário, tem visto o empenho descomunal de vereadores da oposição em cumprir o seu papel, ou seja, de fazer oposição. Até aí tudo bem. Acontece é que, nunca na história da CMI,se viu tamanha sanha no intento. O que nos torna desconfiados é quanto a intenção. Sem querer aqui tergiversar, nos parece mais uma forma de desmoralizar a adminitração municipal visando exatamento 2012 e aniquilar de vez com as chances de Marcão. Se obterão sucesso ou não é uma outra história. Sem querer entrar no mérito de cada denúncia, se ela procede ou é falaciosa o fato é que esperamos ter-se inaugurado um novo tempo e que esse “espírito” que baixou nos vereadores, venha perdurar e permaneça por muito tempo, em detrimento “do quanto pior melhor” que perdura até hoje.

Que vá de jumento

POLÍTICA

Ricardo Melo, Folha de S. Paulo

Mesmo num país com costumes políticos tão degradados, certos comportamentos ainda espantam. A atitude da família Sarney no Maranhão, ao usar um helicóptero público em convescotes privados, é um escárnio não apenas pelo fato em si mas também pela reação que se seguiu.

Não basta que o passeio tenha sido feito em prejuízo do socorro a doentes. Tampouco que o companheiro de patuscada da família do presidente do Senado e de sua filha tenha sido um empresário de ficha duvidosa. É preciso mais, como que para convencer o povo de que as coisas são assim, e pronto.

“Queria que o presidente [do Senado] fosse andar em jumento? Queria o quê? Enfrentar um engarrafamento? Esse helicóptero, é claro, tem que servir os doentes, mas tem que servir as autoridades, esta é a realidade.”

Foi assim, com essa naturalidade e desfaçatez, que o vice-líder da governadora Roseana na Assembleia do Maranhão defendeu a família Sarney. Magno Bacelar, do Partido Verde, também reverberou as infames palavras do então presidente Lula sobre o senador: “Ele não é uma pessoa qualquer”.

Ao colocar em plano semelhante “doentes e autoridades”, Bacelar fez duas coisas. Primeiro, refrescou na memória de todos por que o Maranhão está na lanterna de qualquer ranking de bem-estar, conforme destacou, com o talento habitual, Fernando de Barros e Silva neste mesmo espaço.

Segundo, não falou toda a verdade. O povo local já estaria satisfeito caso tivesse direitos ao menos parecidos aos dos coronéis do sarneysismo, num Estado onde a “realidade” é ostentar certos sobrenomes.

O parlamentar que nos desculpe, mas o Maranhão precisa de tratamento de choque. Para tomar emprestada sua própria imagem, só vai dar certo no dia em que os enfermos tiverem preferência e os políticos, montados em jumentos, enfrentarem engarrafamentos quando quiserem se refestelar na praia.

Que vá de jumento

POLÍTICA

Ricardo Melo, Folha de S. Paulo

Mesmo num país com costumes políticos tão degradados, certos comportamentos ainda espantam. A atitude da família Sarney no Maranhão, ao usar um helicóptero público em convescotes privados, é um escárnio não apenas pelo fato em si mas também pela reação que se seguiu.

Não basta que o passeio tenha sido feito em prejuízo do socorro a doentes. Tampouco que o companheiro de patuscada da família do presidente do Senado e de sua filha tenha sido um empresário de ficha duvidosa. É preciso mais, como que para convencer o povo de que as coisas são assim, e pronto.

“Queria que o presidente [do Senado] fosse andar em jumento? Queria o quê? Enfrentar um engarrafamento? Esse helicóptero, é claro, tem que servir os doentes, mas tem que servir as autoridades, esta é a realidade.”

Foi assim, com essa naturalidade e desfaçatez, que o vice-líder da governadora Roseana na Assembleia do Maranhão defendeu a família Sarney. Magno Bacelar, do Partido Verde, também reverberou as infames palavras do então presidente Lula sobre o senador: “Ele não é uma pessoa qualquer”.

Ao colocar em plano semelhante “doentes e autoridades”, Bacelar fez duas coisas. Primeiro, refrescou na memória de todos por que o Maranhão está na lanterna de qualquer ranking de bem-estar, conforme destacou, com o talento habitual, Fernando de Barros e Silva neste mesmo espaço.

Segundo, não falou toda a verdade. O povo local já estaria satisfeito caso tivesse direitos ao menos parecidos aos dos coronéis do sarneysismo, num Estado onde a “realidade” é ostentar certos sobrenomes.

O parlamentar que nos desculpe, mas o Maranhão precisa de tratamento de choque. Para tomar emprestada sua própria imagem, só vai dar certo no dia em que os enfermos tiverem preferência e os políticos, montados em jumentos, enfrentarem engarrafamentos quando quiserem se refestelar na praia.

Procura-se outro meio de separar Dilma de Lula

Comentário

Que tal convidarmos Dilma para uma manifestação de grande porte contra a corrupção?

Seria um exagero? Uma maluquice?

Não caberia a um presidente da República participar de um ato dessa natureza? Por que não?

Mas tudo bem. Que tal então sugerirmos a Dilma que faça no rádio e na tv um pronunciamento com começo, meio e fim sobre a corrupção?

Nada de meia dúzia de frases mal alinhavadas.

Nada de respostas curtas para se livrar de perguntas feitas de afogadilho por repórteres apressados.

Qualquer pesquisa de opinião pública mostrará que a corrupção é hoje um dos temas que mais afligem os brasileiros.

Sua presidente nada tem de substancial a dizer a respeito? Não tem? Não creio.

Querem a verdade? Nada mais do que a verdade? Pelo menos a minha verdade?

Dilma jamais imaginou promover uma “faxina ética” no governo. Jamais.

Tem razão quando aponta a imprensa como responsável pelo que se convencionou chamar de “faxina ética”.

Você só faxina o que está sujo.

Dilma admitirá que seu governo esteja sujo? Ou que herdou uma situação de sujeira?

É tudo o que a oposição gostaria que ela fizesse – por isso tanto apoia a faxina. E é tudo o que Dilma não fará.

Vamos procurar outro meio de tentar intrigar Dilma com Lula – esse não colou.

Como não colou o outro – aquele de exaltar a política externa de Dilma, comparando-a com a de Lula.

Uma é cópia da outra. Ou mera continuação.

A Dilma que fala pouco, mas que faz o governo andar, foi um terceiro meio que teve vida curta.

Dilma, de fato, fala pouco. Em compensação, o governo está andando devagar.

Procura-se outro meio de separar Dilma de Lula

Comentário

Que tal convidarmos Dilma para uma manifestação de grande porte contra a corrupção?

Seria um exagero? Uma maluquice?

Não caberia a um presidente da República participar de um ato dessa natureza? Por que não?

Mas tudo bem. Que tal então sugerirmos a Dilma que faça no rádio e na tv um pronunciamento com começo, meio e fim sobre a corrupção?

Nada de meia dúzia de frases mal alinhavadas.

Nada de respostas curtas para se livrar de perguntas feitas de afogadilho por repórteres apressados.

Qualquer pesquisa de opinião pública mostrará que a corrupção é hoje um dos temas que mais afligem os brasileiros.

Sua presidente nada tem de substancial a dizer a respeito? Não tem? Não creio.

Querem a verdade? Nada mais do que a verdade? Pelo menos a minha verdade?

Dilma jamais imaginou promover uma “faxina ética” no governo. Jamais.

Tem razão quando aponta a imprensa como responsável pelo que se convencionou chamar de “faxina ética”.

Você só faxina o que está sujo.

Dilma admitirá que seu governo esteja sujo? Ou que herdou uma situação de sujeira?

É tudo o que a oposição gostaria que ela fizesse – por isso tanto apoia a faxina. E é tudo o que Dilma não fará.

Vamos procurar outro meio de tentar intrigar Dilma com Lula – esse não colou.

Como não colou o outro – aquele de exaltar a política externa de Dilma, comparando-a com a de Lula.

Uma é cópia da outra. Ou mera continuação.

A Dilma que fala pouco, mas que faz o governo andar, foi um terceiro meio que teve vida curta.

Dilma, de fato, fala pouco. Em compensação, o governo está andando devagar.

Quem traiu quem?

Os caciques do PMDB estão raivosos porque se consideram traídos pelo governo, que não os avisou que a Policia Federal ia fazer uma caçada aos ladrões na área do Ministério do Turismo. Ora, é a mesma coisa que o Fernandinho Beira-Mar protestar porque não foi avisado de que seria preso.

O PMDB queria que todo mundo fosse alertado para ter tempo de esvaziar as gavetas e apagar as memórias dos computadores, destruindo provas. É de se perguntar: quem traiu quem? Foi o governo, que não avisou aos companheiros da operação, para dar tempo de esconder a sujeira, ou foram os apadrinhados políticos e seus cúmplices que se aproveitaram dos cargos para os quais foram nomeados, muitos sem competência, para roubar o dinheiro dos cidadãos? Assim com o PR, atolado nas roubalheiras do Ministério dos Transportes, com a ajuda do PT, o PMDB, maior estaca de sustentação do governo no Congresso, não tem o direito de reclamar.

Quem foi traído por eles foi o povo brasileiro, que no final paga a conta do saque aos cofres públicos – já que ninguém neste País devolve coisa nenhuma do que afanou do Estado. A presidente Dilma Rousseff não teve ter medo dos arroubos dos seus caros – caríssimos, aliás – aliados. Eles jamais rompem com os cofres públicos.

Na pior das hipóteses se declaram desligados da chamada base de sustentação no Congresso, como disseram os donos do PR. Isso significa apenas que o apoio deles vai ficar mais caro. Fora da base, preço será agora discutido no varejo e não no atacado. Cada votação, cada assinatura a ser negada ou retirada num requerimento de CPI será um negócio isolado. O preço sobe, mas é só pagar a tudo se acerta.

Dona Dilma pode ficar tranquila que aqueles 300 de que falava o cara ainda estão lá, prontos para patrioticamente fechar qualquer negócio. Dilma Rousseff não deve ter muito que fazer pelo Brasil. Lula já construiu o País inteirinho em oito anos.

Portanto, pode se dedicar a uma grande cruzada de combate à corrupção e aos corruptos. Temos hoje uma Polícia Federal competente e respeitada e altamente profissional. É só deixá-la trabalhar. Pode ser que algo jamais visto na história recente do Brasil esteja para acontecer: os ladrões dos cofres públicos sendo presos e devolvendo o produto do roubo.

Agora, nessa história de quem traiu quem não há duvida de que a carapuça cabe direitinho em quem indica, protege e defende e apadrinha os agentes da corrupção no serviço público.

Rangel Cavalcante

rangelcavalcante@uol.com.br

Câmara aprova pedido de cassação



Vereadores aprovaram com sete votos contra dois pedido de cassação do prefeito afastado, Antônio Teixeira

Senador Pompeu. A sessão na Câmara de Vereadores, na noite do dia 16, mais uma vez começou tumultuada. Dessa vez o presidente da Casa Legislativa, Francisco Teixeira Pinheiro, mais conhecido por Chico Pinheiro, resolveu instalar telões para o público ver o trabalho dos parlamentares municipais do lado de fora. Pretendia evitar os problemas ocasionados na última sessão.

Não teve jeito. Tentando evitar a votação do pedido de abertura de processo solicitando a cassação do mandato do prefeito afastado, Antonio Teixeira, o grupo de simpatizantes do gestor público provocou um black-out no prédio. Os vereadores da cidade votaram, aprovaram e assinaram o pedido sob os refletores da câmera da emissora TV Diário.

A Comissão Processante deveria ter sido montada para julgar um pedido feito pela eleitora, Lúcia Aquino, na semana passada. Chico Pinheiro encerrou a sessão antes da votação, alegando tumulto. Ele havia justificado a necessidade de consultar a assessoria jurídica da Câmara.

O vereador Antonio Mendes de Carvalho, auxiliar da mesa e relator, alegou impedimento de leitura da denúncia em razão de cópias do processo do Ministério Público (MP) terem sido anexadas ao pedido. Corre em segredo de justiça.

Os oposicionistas insistiam na leitura da denúncia. Em seguida, haveria votação e formação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Agora o pedido foi aprovado, por sete votos a dois. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) terá 90 dias para investigar e apresentar provas que comprovem as ilicitudes das quais Antonio Teixeira é acusado. Em seguida, poderão definir o destino político do prefeito afastado.

Lula diz que debater sucessão de Dilma agora é "tiro no pé"

Política

Ex-presidente critica aqueles que pregam a sua volta e busca reconciliar a sucessora com os partidos aliados

Na avaliação de amigos de Lula, Dilma ouviu os conselhos e começou a se reunir com líderes de sua base no Congresso

Valdo Cruz e Natuza Nery, Folha de S. Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez chegar a líderes petistas a avaliação de que julga um “tiro no pé” debater agora a sucessão de 2014 e que o PT deve se preocupar no momento com as eleições municipais de 2012.

Em conversas reservadas, Lula disse a amigos desaprovar o comportamento de petistas que, por estarem contrariados com a presidente Dilma, pregam sua volta em 2014 como candidato do PT na eleição presidencial.

Segundo Lula, Dilma é a candidata natural à reeleição, principalmente se fizer um bom governo. Qualquer mudança de rota, diz, depende de uma decisão dela.

O petista está preocupado com o nível de insatisfação não só dentro do PT como entre outros aliados, sobretudo peemedebistas, em relação a decisões da presidente – como a faxina no governo e a falta de diálogo do Planalto com a base governista.

Clube dos Cafajestes?



Política

O episódio da prisão de 38 funcionários do Ministério do Turismo, a começar pelo secretário-executivo da pasta, terminou superado pela discussão sobre o uso, correto ou incorreto, das algemas.

Esclareço que não sou favorável a abusos policiais e nem à humilhação de prisioneiros. Basta-me o corrupto ser preso, segura e adequadamente. Mas os fatos foram distorcidos a um ponto tal que, de repente, as algemas ficaram mais importantes que os delitos praticados contra o dinheiro da sociedade.

O Ministro Wagner Rossi, da Agricultura, protegido do vice-presidente Michel Temer, visivelmente enriqueceu exercendo cargos públicos. Mansão milionária em Ribeirão Preto e, agora, o tal jatinho de R$7 milhões.

Não tem como permanecer no cargo. Seu secretário-executivo, aliás, já foi demitido. Wagner Rossi, não! Hipocrisia pura, misturada com medo que a presidente Dilma demonstra ter do poderoso PMDB.

Menos de sete meses de governo e sete escândalos de porte registrados no passivo de um governo que envelhece a olhos vistos. Alfredo Nascimento vai à tribuna do Senado, ameaça, nas entrelinhas, contar o que sabe, e os líderes governistas reagem covardemente, com panos quentes, bem ao estilo da República do “rabo preso”.

Outro dia, vi na televisão episódio escatológico, passado numa pequena cidade mineira: todos os nove vereadores estão presos e suas esposas investiam furiosamente contra as câmeras e os jornalistas. Uma dessas senhoras colocava a mão direita sobre o órgão genital e berrava: “quer filmar? Então filma aqui”. E um dos vereadores: “nós somos parlamentares, não vai acontecer nada conosco”.

Mais para trás, um prefeito petista do Ceará fugiu de prisão preventiva num ônibus, acompanhado do vice-presidente da Câmara Municipal e mais 34 picaretas.

Pergunto a mim mesmo. Que país estamos legando aos nossos filhos e netos? Uma realidade da qual eles tenham razão de se orgulhar? Ou um grande Clube de Cafajestes?

Arthur Virgílio é diplomata, foi líder do PSDB no Senado

Twitter: @ArturVirgilioAM