Procura-se outro meio de separar Dilma de Lula

Comentário

Que tal convidarmos Dilma para uma manifestação de grande porte contra a corrupção?

Seria um exagero? Uma maluquice?

Não caberia a um presidente da República participar de um ato dessa natureza? Por que não?

Mas tudo bem. Que tal então sugerirmos a Dilma que faça no rádio e na tv um pronunciamento com começo, meio e fim sobre a corrupção?

Nada de meia dúzia de frases mal alinhavadas.

Nada de respostas curtas para se livrar de perguntas feitas de afogadilho por repórteres apressados.

Qualquer pesquisa de opinião pública mostrará que a corrupção é hoje um dos temas que mais afligem os brasileiros.

Sua presidente nada tem de substancial a dizer a respeito? Não tem? Não creio.

Querem a verdade? Nada mais do que a verdade? Pelo menos a minha verdade?

Dilma jamais imaginou promover uma “faxina ética” no governo. Jamais.

Tem razão quando aponta a imprensa como responsável pelo que se convencionou chamar de “faxina ética”.

Você só faxina o que está sujo.

Dilma admitirá que seu governo esteja sujo? Ou que herdou uma situação de sujeira?

É tudo o que a oposição gostaria que ela fizesse – por isso tanto apoia a faxina. E é tudo o que Dilma não fará.

Vamos procurar outro meio de tentar intrigar Dilma com Lula – esse não colou.

Como não colou o outro – aquele de exaltar a política externa de Dilma, comparando-a com a de Lula.

Uma é cópia da outra. Ou mera continuação.

A Dilma que fala pouco, mas que faz o governo andar, foi um terceiro meio que teve vida curta.

Dilma, de fato, fala pouco. Em compensação, o governo está andando devagar.

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