Arquivo mensal: janeiro 2012

Felicidade

Se, quando nossa civilização desaparecer, os únicos resquícios arqueológicos de nossa existência forem os nossos álbuns de fotografias, os arqueólogos do futuro verão somente rostos sorridentes, festas e comemorações. A conclusão inevitável será que nossa civilização era composta exclusivamente por pessoas felizes. Existiria um elemento de verdade nesta conclusão equivocada: a busca da felicidade é importante na nossa cultura.

A busca da felicidade é tão importante que a declaração de independência dos EUA considera óbvio que todos os homens têm direito fundamentais e inalienáveis ao seu alcance.

Apesar de ser muito especifico em relação aos obstáculos à busca da fecidade pelo Homem daquela época, o documento não define o que é felicidade. Ele apenas proclama o direito do ser humano de persegui-la.

Já os economistas não são tão vagos. Para eles, a vida é a busca de satisfação, que atingimos pelo consumo. Parece que para os economistas felicidade e consumo são (quase) sinônimos. Portanto, busca da felicidade, na economia, é procurar aumentar o consumo de bens e serviços. Consumir é ser feliz.

Talvez por isso a principal medida do nosso avanço seja a quantidade de bens e serviços que produzimos a cada ano. Estamos sempre focados na velocidade do crescimento do PIB. Consideramos desenvolvidos aqueles países onde seus habitantes podem consumir mais.

Na nossa teoria econômica, não existiriam limites físicos para a expansão do consumo pela humanidade. Ou melhor, os limites físicos, se existirem, são chamados de externalidades: não fazem parte do modelo econômico. Os limites dos recursos naturais da Terra estão entre essas externalidades.

Na medida em que avançamos século XXI adentro, fica cada vez mais claro que os recursos limitados da Terra, e a nossa maneira de ver a economia, estão em clara contradição. Essa externalidade não é mais exceção, mas sim parte da regra.

As limitações da Terra precisam ser analisadas, compreendidas e incorporadas à teoria econômica e à maneira como vivemos. A felicidade através do aumento ilimitado do consumo não mais é possível como objetivo.

A espécie humana se orgulha de ter sobrevivido graças à sua capacidade de adaptação. Nesta era e tempo, precisamos desesperadamente dessa habilidade. Precisamos de novas teorias econômicas que expliquem melhor nossa realidade. Precisamos de outras medidas de felicidade. Realidades novas exigem certezas novas.

Elton Simoes mora no Canada há 2 anos. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV); MBA (INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria). Email: esimoes@uvic.ca.

Acaba acontecendo

Certo, a educação nacional tem ministro novo. Mas provavelmente isso não fará grande diferença.

Daqui a pouco, quando recomeçarem as aulas, um grupo de jovens iniciará sua formação para serem professores. Vão se formar daqui a quatro ou cinco anos.

E a formação que vão receber será semelhante àquela que é feita há muitos e muitos anos. Pode ter mudado tudo, mas não houve mudança significativa na formação dos professores.

E, conseqüentemente, é provável que se repita todo o resto, com os mesmos resultados. Os ministros são uma irrelevância a mais.

Os equívocos nacionais são o que existe de mais constante em matéria de educação.

Muda-se a lei de dez em dez anos. Mudam nomes, inventam modismos, alteram as aparências. O discurso varia e as queixas se repetem. E tudo fica mais ou menos como sempre foi.

Veja-se o ENEM. Foi criado para ser um instrumento de avaliação do ensino, em âmbito nacional, para permitir formar séries estatísticas consistentes que pudessem ajudar o planejamento e a gestão dos sistemas de ensino.
Em pouco tempo foi transformado na chave mestra que abre o cofre do acesso ao ensino superior. Um ícone, a fôrma, o padrão, a regra, o parâmetro pelo qual individualmente são avaliados os jovens brasileiros.

Bem formado hoje em dia é quem teve boa nota no ENEM.

Como se tem boa nota no ENEM? Respondendo à pergunta que o Ministro fez do jeito que o Ministro quer. E isso é o que se considera bom para um país de dimensões continentais, diverso e diferenciado.

Com um aspecto adicional: para a consistência do exame, tal como inicialmente concebido, quem acertar tudo no ENEM pode não tirar dez, e quem errar tudo pode não tirar zero. Isso pode ter bons fundamentos estatísticos – mas torna difícil aceitar o exame como bom instrumento para aferição de desempenho individual.

O esforço hoje é concentrado para induzir todo mundo a ingressar numa universidade. Para isso o governo tem dinheiro e recursos, tem bolsas de estudo, financiamentos, apoios e estímulos.

Não é a toa que o ensino privado está se transformando – agora sim – em “big business”: sistemas de ensino e universidades já atraem até capital estrangeiro.

Esse segmento está bombando.

Uma coisa é verdade: o país está crescendo e precisa de gente formada, precisa de mão de obra, precisa da educação. Se o que o governo faz não dá conta, o país vai tomar o assunto em suas mãos, como fez com o transporte coletivo: inventou a “van”, a “perua”.

Vamos acabar inventado a “van” do ensino.

Edgar Flexa Ribeiro é educador, radialista e presidente da Associação Brasileira de Educação

Ninguém quer largar a boquinha.

Com 22 mil cargos de confiança, o governo brasileiro é recordista absoluto em um ranking nefasto que só neste ano vai custar mais de R$ 200 bilhões. Ganha de lavada dos oito mil cargos dos Estados Unidos e dos quatro mil da França. E, garantidamente, o Estado nacional não funciona melhor do que o da Inglaterra, com apenas 300 servidores comissionados.

Eficazes para atrair apoios e garantir fidelidade cega a governantes, cargos públicos sempre foram disputados a tapas. Neles, políticos tentam encaixar suas turmas, de olho no pleito seguinte.

Se essa é a regra, a guerra por cargos entre o PT, o PMDB e os mais de 10 partidos do consórcio que elegeu Dilma Rousseff não deveria causar estranheza. Ao contrário, seria legítima. E os combatentes – conhecedores dos telhados de vidro dos integrantes da aliança – não precisariam usar e abusar do fogo amigo.

Seria nobre se o fizessem para limpar o Estado de maus servidores. Mas querem apenas abocanhar maiores nacos. Aproveitam-se da fragilidade dos quadros, onde é difícil fisgar alguém com ficha limpa, e abrem fogo.

A meia dúzia de ministros detonados por suspeita de corrupção, todos de partidos aliados, conhece bem a artilharia. Sabe ainda que quando o ministro é do PT, mesmo que as balas venham do próprio PT, Dilma arma a blindagem, como no caso de Fernando Pimentel, sangrado pelos petistas de Minas, e mantido longe da arena de luta.

Não raro, a proteção temporária ou definitiva é feita colocando-se na bandeja a cabeça de subalternos. Foi assim com o Dnit, antes da queda de Alfredo Nascimento, e agora, com a substituição no Dnocs, preservando Fernando Bezerra e seus inexplicáveis privilégios a Petrolina, seu curral eleitoral. Caiu também o chefe de gabinete do Ministério das Cidades, pasta em que Mario Negromonte, que nem o PP quer mais, ainda se sustenta.

Sem reforma ministerial à vista, a batalha agora é pelas estatais, Petrobras à frente. A divisão do bolo é tão difícil que para incluir um petista a mais – o ex-presidente do partido, José Eduardo Dutra – decidiu-se pela criação de uma nova diretoria. A Petrobras, terceira maior empresa de energia do mundo, funcionou até hoje sem uma diretoria coorporativa e não parece que lhe faça alguma falta. Mas, no país da boquinha, isso pouco importa.

Pouco importa também se os recém-nomeados para o segundo escalão dos ministérios da Saúde, da Agricultura ou de Minas e Energia entendem alguma coisa do riscado. O que vale é a partilha, a satisfação dos donos de cada uma das sesmarias que, como sanguessugas, chupam tudo até a última gota. E o contribuinte paga a conta.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília.

Análise da enquete

Prezados leitores, devido à crescente demanda de incertezas quanto às opiniões colhidas na enquete, achei por bem prestar alguns esclarecimentos:

1. As opiniões são colhidas por IP’s, ou seja, o IP é como se fosse um endereço do computador numa rede, cada pc tem seu IP. Todos ligados em uma rede, no caso a internet, usando uma linguagem virtual para se comunicarem entre si.

2. Sendo assim analisemos o seguinte caso: vou tomar como exemplo o candidato Manuelzinho, que tá incomodando. Os votos de Manuel estão sendo efetivados, na pior das hipóteses por pessoas que têm acesso a vários IPs, no entanto, quer queiramos ou não, ele ou eles, têm mostrado, no mínimo, um poder de articulação, determinação e vivacidade, características de quem quer ganhar eleição. A equipe da exatorial, como dizem, está provando que é eficiente. Lembrem-se, disse na pior das hipóteses. Na melhor das hipótes, as pessoas estão votando realmente em Manuelzinho.

3. Por quê que ninguém tá questionando os votos de Dr. Orismar (será que ele tá usando vários IPs também?), já que a votação pode ser casada? Ora, partindo da informação de que Manuelzinho está determinado em ser o vice do Dr., verifica-se que quem está escolhendo Manuelzinho está escolhendo também Dr. Orismar, é só verificar o número de votos. Será que Dr. Orismar não tem votos, todos são de Manuel? Ou é só o dono da exatorial querendo mostrar para os eleitores que tem apoio suficiente para ser vice? Seja lá o que for, ele está conseguindo, pois o programa da enquete não engana, é só questão de interpretação.

4. Não tenho pretensão de que a enquete seja um reflexo das urnas, mas na pior propositura, apontará um caminho para os candidatos, até para saberem como anda a sua popularidade entre as máquinas. Maquinas essas, operadas por alguém que no nosso exemplo, tem uma grande vontade que Manuel ganhe, pois tem investido tempo nisso ou influenciado pessoas para isso.
– Ah não, esse é só um abestado brincando de política, disse alguém. Será?

5. Por fim, ganhar-se-á esta eleição com inteligencia, e como já disse, quem não souber transformar a matéria-prima das informações colhidas em dividendos estará fadado ao fracasso. Ache que estou brincando de política quem quiser. Tem gente que não acha. Por você não acreditar no inferno, não significa que ele não exista.

Conselho: Ficar só tentando confundir tá lhe deixando confuso. Essa eleição é diferente, prepare-se pra ela. Trabalho, equipe, monte a sua, Manuelzinho parece que já montou e descobriu rapidinho como a coisa funciona.

Pergunta para reflexão: será que as informações da enquete mostram algo tão em desacordo com as informações da rua?

Estimativa do FPM para Ibiapina, neste ano de 2012.

A estimativa de população para o ano de 2011, elaborada pelo IBGE, serve de base para o repasse das cotas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para o ano de 2012.

A Secretaria do Tesouro Nacional disponibiliza em sua página as estimativas de repasse do FPM para os Municípios, segundo os Estados, pelos coeficientes do interior, para o Fundo de Reserva do FPM e para os Municípios das capitais.

O blog consultando a Associação Transparência Municipal, mostra as informações fornecidas pelo referido órgãos e apresenta a estimativa de repasse anual do FPM para o ano de 2012 para Ibiapina.

Ibiapina com base na população de 23.935 habitantes receberá em 2012, R$ 12.971.103,00.

Neste caso R$ 1.080.925,25 por mês.

O poder de mãos dadas (por João de Freitas)

O grande avanço tecnológico tem provocado mudanças repentinas, que nem sempre são acompanhadas em tempo real. Tais mudanças exigem planejamentos e tomadas de decisões em busca dos novos parâmetros editados pelas novas tendências socioeconômicas.

O Brasil priorizou a área econômica em detrimento das demais, como: educação, saúde, segurança etc.
No entanto, o desenvolvimento de qualquer povo, exige certo equilíbrio de crescimento, onde todas as áreas sejam contempladas, com a adoção dos novos parâmetros.

Diante deste contexto perguntamos: politicamente temos acompanhado as mudanças compatíveis com a que o mundo tecnológico nos impôs?
Em Ibiapina o quadro eleitoral já começa a se desenhar nos bastidores. Com vistas neste quadro, colocamos como sugestão, três temas para embasar as tomadas de decisões sucessórias:

1º Exercer a política como ciência: “Nos regimes democráticos a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância”
wikipedia

2º Acertar ou errar, é responsabilidade exclusiva do eleitor, veja o que diz o § único do Art. 1º da CF – de 1988, Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição

3º Varias são as frases que qualificam a educação como a base indispensável para o crescimento e desenvolvimento de qualquer povo.
Selecionamos esta proferida por Nelson Mandela:

4 jul. 1993 – A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. Nelson Mandela

Se de um lado a lei outorga o poder e, do outro está o conhecimento, ninguém melhor que os nossos educadores para encabeçarem uma campanha progressista, no sentido de que seja elaborado um plano de desenvolvimento para Ibiapina e, oferecido aos futuros candidatos, obtendo deles o compromisso de ser aplicado por aquele que for eleito. Para este relevante serviço cívico, cada participante da campanha terá de torna-se mais que um mero eleitor, deixar de lado o método “apaixonado” visando só grupo e, darem as mãos em prol do progresso do município

Este trabalho em conjunto não impede que cada qual tenha suas preferências partidárias, uma vez que cada facção deve querer a mesma coisa, ou seja, O DESENVOLVIMENTO DE SUA TERRA!

João de Freitas é Agricultor e atualmente está à frente da Secretaria de Meio Ambiente de Ibiapina

Erros que um político não pode cometer. (Parte I)

Conversando há pouco com um amigo no facebook, comentávamos sobre a política Ibiapinense (pra variar). Sabe de uma coisa, na campanha desse ano, preparem-se, vamos ouvir muita mentira. Não que isso seja novidade. Mas a mentira não deveria ser a arma encontrada pelos políticos na sanha por votos, ou popularidade.

Lógico que se ganha a eleição com popularidade… Mas e o respeito?

Popularidade no sentido de apoio, é essencial, pois sem ela não se passa no teste da eleição – e sem passar nesse teste você não consegue chegar lá.

Agora, é um equivoco confundir a obtenção de apoio com “vale tudo”.

Lembre-se a carreira política não é a carreira do mentiroso. Há muito mentiroso na política mas o grande político não é mentiroso.

Eis um dos motivos da falta de respeito da população por muita gente.

Nonato Freitas e Sr. França, agora fazem parte da enquete.

Por sugestão de um leitor adicionei mais dois nomes na enquete, Nonato Freitas e Sr. França. Estão dispostos um pouco mais abaixo. Mesmo que você já tenha votado, poderá fazê-lo novamente. Leitor, obrigado pela sugestão.

Respondendo a um leitor. (espero que não vire hábito)

Junior Rosendo e Ematerce?Para Prefeito?Que tipo de conhecimento politico é esse? Manoelzinho querendo se enganar com votos a mais que o Marcão que tem babões, e o Manoelzinho nem isso.Saia do computador e vá as ruas de Ibiapina, converse com um e outro a vontade do candidato as vezes não é do povo.

Realmente, prezado anônimo, faz-se necessário alguns esclarecimentos:

1. Todos os nomes são políticos atuantes no município e que em algum momento de suas biografias, demonstraram interesse ou vontade em disputar a eleição para prefeito municipal. Alguns até já foram prefeitos varias vezes.

2. A política é também intuição, é carisma, é ter capacidade para entender o que está acontecendo no seu entorno e, com ética, tirar o melhor proveito das informações colhidas. Portanto, o conhecimento político é relativo e, com efeito, não é pra quem quer. Sou apenas um simples estudioso do assunto, ainda loooonge de amarrar os cadarços dos sapatos do Winston Churchill (foto).

3. Não necessariamente tenho que ir às ruas pra colher a opinião de alguém sobre as suas intenções para prefeito municipal,estamos na era das comunicações (não sei se já percebeu), existem outros meios para fazer isso, estou apenas, usando um deles. A pesquisa de rua, a qual se referiu, é outro.

4. É bem verdade que a enquete sonda apenas uma pequena parcela da população ibiapinense e que tem acesso a internet, mas esse pessoal também vota e forma opinião, lembre-se disso. A minha intenção, repetindo, é mostrar como anda a popularidade dos supostos candidatos e cada um faça o que quiser com as informações fornecidas. Você parece que prefere ignorá-las. Talvez seja um erro.

5. Por certo, a vontade do candidato nem sempre é a do povo, agora, o que você acha quando o próprio candidato não consegue expressar a sua própria?

6. Geralmente, quem não está na frente, arranja sempre um pretexto para justificar a retarguarda. O seu, é tentar desacreditar e desmoralizar o Blog e a pesquisa. Não faça isso, senão vai parecer que você quer “ganhar no grito”. Concentre seus esforços em outra coisa, do contrário, vai perder seu precioso tempo. Boa sorte e não desanime, agora que começou.